Anísio Jobim |
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Augusta Lins Meira de
Vasconcellos;
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Rodolpho Gonzaga de Menezes;
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Gaspar Antonio Vieira Guimarães, que
a 23 de Fevereiro de 1900 foi removido para a comarca de Rio Branco;
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Ângelo Custodio Baptista, este
juiz restabeleceu a comarca de Coari, foi substituído pelo juiz de direito
bacharel Manoel Anísio Jobim.
ANÍSIO JOBIM
Anísio Jobim
Sobre Manoel Anísio Jobim[1], a história diz que ele nasceu na cidade alagoana de Anadia no dia 27 de março de 1877. Depois de fazer seus estudos iniciais no seu Estado, concluiu o curso de bacharel pela tradicional Faculdade de Direito do Recife, turma de 1902, com 25 anos. Regressou ao seu Estado natal, onde ingressou na magistratura. Juiz de Direito e Promotor Público em Maceió, depois Procurador Geral do Estado de Alagoas.
Foi um assíduo colaborador nos jornais O Gutemberg, Diário de Alagoas e no Jornal de Alagoas. Veio para o Amazonas em 1910, já com 33 anos, para ser Juiz Municipal em Itacoatiara, a partir de 17 de julho de 1911. Esteve nas comarcas de Coari e Rio Negro (Barcelos e Moura) e, depois de 14 de novembro de 1930, Juiz de Direito da 1.ª Vara da capital.
Em Manaus foi Procurador Geral do Estado, Chefe de Policia e desembargador do Tribunal de Apelação, nomeado a 05 de outubro de 1942. Funcionário Público, advogado, magistrado, professor, escritor, historiador. Foi um aplicado estudioso da história dos municípios amazonenses e um magistrado honrado e de reconhecidos méritos jurídicos, qualidades que levou para a política, ao assumir uma cadeira no Senado Federal, quando Álvaro Maia foi empossado Governador do Amazonas.
O seu mandato de Senador da República foi de 10 de Março de 1951 a 31 de Janeiro de 1955, tendo sido membro da Comissão de Constituição e Justiça. Ainda exerceu, interinamente, o Governo do Estado do Amazonas. Pertenceu ao Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas desde 25 de março de 1926, na presidência de Bernardo Ramos, ocupando posteriormente a poltrona n.º 22 cujo patrono é Gabriel de Souza, tendo sido seu presidente nos anos 1948 e 1949.
Sócio efetivo da Academia Amazonense de Letras desde 24 de setembro de 1932, quando foi saudado pelo acadêmico Leopoldo Peres, sob a presidência de Adriano Jorge, tendo ocupado a Cadeira n.º 22 cujo Patrono é Farias Brito. Integrou outras importantes instituições culturais: Academia Carioca de Letras, Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Federação das Academias de Letras do Brasil, Instituto de Etnografia e Sociologia do Amazonas, Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro. Foi professor da Faculdade de Direito do Amazonas, cadeiras de Direito Mercantil e Direito do Trabalho; no Colégio N. S. Auxiliadora lecionou Direito e Técnica Comercial.
Escreveu assiduamente nos jornais de Manaus: O Jornal, Diário da Tarde e o A Tarde. A sua bibliografia é imensa. Além das monografias que escreveu e publicou sobre os municípios de Coari (1933), Manacapuru (1933), Codajás (1934), Tefé (1937), Moura (1938), São Paulo de Olivença (1940), Benjamin Constant (1943), Urucurituba (1947), Urucará (1948) Itacoatiara (1948), O Vale do Jutaí (1953) e Airão (1955), é autor dos seguintes livros: A Intelectualidade do Extremo Norte (1934), Aspectos Sócio geográficos do Amazonas (1950), Três Municípios Amazonenses (1965) e o clássico Amazonas e sua História, que integra a famosa coleção Brasiliana, volume 292. É lembrado com o seu nome no complexo penitenciário existente na cidade de Manaus. Foi um cidadão de nobres qualidades morais, de grande luminosidade cultural e profundamente apaixonado pelo Amazonas. Faleceu em Manaus a 13 de junho de 1971, com 94 anos.
Anísio Jobim permutou sua comarca com a do Rio Negro, sendo substituído em Coari pelo bacharel André Vidal de Araújo.
[1]ANÍSIO JOBIM (Manoel A. J.)
(RACL) Com informações cedidas pelo Dr. Ruy Lins.
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