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SAIBA QUAL É A VERDADEIRA IDADE DO MUNICÍPIO DE COARI E A DATA EM QUE DEVERIA SER COMEMORADO O ANIVERSÁRIO

Documentos apontam 1874 como o ano da fundação do município de Coari.


Entenda o motivo

No Brasil durante muito tempo, a data correta da fundação de municípios antes da Proclamação da República era o dia da criação da vila. Com a vila o arraial ou a freguesia adquiria a sua autonomia político-administrativa, passando a constituir uma câmara de vereadores, com direito de cobrar impostos, e baixar "posturas" que eram espécies de leis municipais, recebia ainda um juiz de fora, pelourinho e cadeia pública.

O título de cidade, durante o início da era colonial, era de caráter honorífico e pouco acrescentava em termos de organização política e administrativa. Unicamente a presença da câmara indicava a existência da célula político-administrativa.

Sendo assim a data correta para comemorar o aniversário do município de Coari deveria ser o dia 01 de maio, uma vez que foi elevada a condição de município sob contextualização da denominação Vila em 1° de maio de 1874 e a idade correta do município de Coari não é 88 anos, este ano deveríamos estar comemorando 146 anos, como faz corretamente Codajás.

Sim, próximo ao final do século XIX, a organização social da Vila de Coari já estava mais consolidada, esta já não estava localizada dentro do Lago e sim no local onde hoje é a cidade, e já não era mais lugar, pois foi elevada oficialmente ao nível de Vila no ano de 1874, no dia 1° de maio por ato do presidente da província Dr. Domingos Monteiro Peixoto, pela Lei Provincial nº 287. A visão de uma pequena comunidade de algumas casas dava lugar a uma organização mais complexa.

Por vias de formalidades políticas, a inauguração oficial da Vila de Coari o núcleo urbano, aconteceu no dia 02 de Dezembro de 1874, com uma celebração religiosa denominada “Te-Deum” [1], após a celebração religiosa foi realizada uma sessão extraordinária da Câmara. Participaram da solenidade os representantes do legislativo local Balbino José Pereira Guimarães, José Domingos Soriano Alves da Silva, Manoel Valente de Couto, Benedicto dos Santos Guimarães e Pedro Maciel Damasceno. A sessão foi secretariada pelo o capitão Gustavo Antonio Ribeiro da Silva que tomou posse como secretário da Câmara nesta mesma sessão. Foi ainda escolhido para o cargo de procurador fiscal o cidadãos José Batista de Oliveira Guimarães. José Francisco Ferreira foi escolhido para porteiro e contínuo. No entanto, o que vale formalmente é a data que está na lei.

AS SUBPREFEITURAS

 O novo município era dividido em uma prefeitura e quatro subprefeituras de segurança:

 ·A primeira subprefeitura alcançava as áreas que iam do Copeá ao Codajás-Mirim;

 ·A segunda subprefeitura alcançava os limites de baixo do Solimões e Lago do Canuarú, inclusive pela parte de cima do Catuá. Abrangia ainda a região do Copeá, um lugar denominado Paruá, indo até os limites do Anamã pelo Lago do Tambaqui;

 ·A terceira subprefeitura abrangia os Lagos de Piorini, Codajás-Mirim até um lago chamado Paruá;

 ·A quarta subprefeitura abrangia a região em um lago chamado Muaná, inclusive os lagos de Camará, Trocaris até o limite com Codajás;


[1]Te Deum é um hino litúrgico católico atribuído a Santo Ambrósio e a Santo Agostinho, iniciado com as palavras "Te Deum Laudamus" (A Vós, ó Deus, louvamos). Segundo a tradição, este hino foi improvisado na Catedral de Milão num arroubo de fervor religioso desses santos.


Até a busca no Google aponta este fato.

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2 Comentários

  1. E ainda, poderia ter até mais anos nesse calendário histórico. Em 1847, o viajante Paul Marcoy, esteve no lugar onde hoje se ergue a cidade de Coari. Sua passagem está registrada nas páginas da obra Viagens pelo rio Amazonas, onde há os relatos e impressão do mesmo sobre os lugarejos daquela época. Marcoy é o responsável pela primeira ilustração, rabiscada, sobre o cenário urbano onde a cidade se estabeleceu. Em 1847, a localidade é percebida por Marcoy com o nome de Tauá-Mirim, no lago de Coari. Nesse momento, o local não é ainda uma vila oficializada, e nem tem o nome do lago. Isso, oficialmente, só ocorre em 1 de maio de 1874. Foi comum, nas histórias dos lugares e cidades amazônicos, principalmente dos lugares ascentados,a se tornarem grandes núcleos populacionais, receberem o nome do acidente geográfico do cenário da povoação. Tefé, recebeu o nome do lago onde foi posta, Coari, do mesmo modo. Em 1865, o alemão Albert Frich, passa em Coari, vindo do Pará, fazendo o primeiro arquivo fotográfico da localidade. Na foto que registrou do lugarejo, já há casas de alvenaria, e uma igreja, ainda bem rústica, dando um ar sóbrio ao local. O cenário fotografado por Frich, é onde hoje está o antigo sobrado da família Dantas, na curva que a rua Ruy Barbosa faz com a Cinco de Setembro. Somente nos anos finais do século XIX, precisamente, em 1896, a Vila de Coari ganharia os aspectos urbanos cujo permaneceriam até a década de 1930. A parti daí, o cenário da antiga Vila perderia toda a configuração da bele epoque, toda a que Coari viveu, por quase 50 anos. Em 1896 Coari era a única cidade do interior do Amazonas que possuía uma bela ponte de madeira ligando seus extremos urbanos, e suas praças de passeio. Se em épocas anterios ao final do século XIX, possuiu sempre um cenário desconsertado, ou nada agradável, descrito por vários viajantes daquele século, inclusive Paul Marcoy, no início do século XX Já o era um lugar bem urbanizado e melhorado, do ponto de vista daquela época. Todas as faxadas de época, da antiga praça XV de Novembro ( hoje a rua XV de Novembro), e da outrora Praça Primeiro de Maio ( hoje Getúlio Vargas, ou Praça do Cristo), foram dissolvidas pelas intervenções da modernidade....e assim, oculta-se permanentemente uma história, a dá lugar a outra.

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  2. Muito bom relato! Mas gostaria de ter acesso de inteiro teor do livro que descreve a Tabela de Evolução dos Municípios do Amazonas, pois gostaria de ver como está a posição de Itacoatiara.

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