Em 1833, o lugar Alvelos
avançou um pouco mais na organização política, sendo elevado à Freguesia, sob a
invocação de Nossa Senhora de Santana, a padroeira do lugar. Apesar da nova
importância administrativa e política da freguesia e do estabelecimento da
paróquia, o padre Aguinaldo Silva informou que João Wilkens de Matos, que
passou por Alvelos em 1854 percebeu que igreja encontrava-se bastante
deteriorada. Em menos de um século o vigor religioso se abatia à dificuldade do
lugar.
Providências foram tomadas
para a recuperação da igreja, sendo aprovada no ano de 1855 uma verba destinada
à construção da nova matriz. Nem sempre o zelo pelas coisas religiosas era tão evidente,
principalmente pelos locais de culto. Os moradores de Alvelos, em alguns
momentos da história, não se mostravam muitos zelosos neste aspecto cabendo aos
religiosos estimular o povo ao fervo religioso da localidade.
Documentos datados do final
do século XVII demonstram que comumente a Vila de Coari ficava constantemente
sem amparo dos religiosos. Sobre a assistência religiosa da época é dito o
seguinte: “O pároco de Tefé, único que existe em todo o Solimões, é que vem a
Coari ministrar os sacramentos, quando algum arrependido de seus pecados o
manda chamar, custando-lhe boa soma de dinheiro”. É
citado como exemplo o caso de um senhor chamado Fortunato Antônio de Assumpção,
que morava na Vila de Coari havia treze anos; este senhor quando quis casar-se
mandou buscar o padre em Manaus a quem deu trezentos mil réis, além de
passagem, alimentação e outras despesas.
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