Daniel Maciel Gomes
Vicente Yáñez Pinzón
A presença estrangeira começa a ser registrada quando os espanhóis chegaram à Amazônia antes de 1.500. A partir deste período é possível ter a noção do impacto que o encontro com estes nativos representou para os colonizadores e de como o processo de aculturamento aconteceu. Desde os primeiros contatos até dominação européia a presença dos estrangeiros efetivamente retirou o poder dos nativos e transferiu o domínio das terras amazônicas, incluindo-se neste contexto histórico a região de Coari para os colonizadores europeus.
O primeiro contanto, propriamente dito, com a região amazônica aconteceu em janeiro de 1.500, quando em expedição pela selva amazônica, Vicente Yáñez Pinzón julgou ter encontrado um grande braço de mar que batizou de "Santa Maria de La Mar Dulce". Na verdade, Pinzón estava navegando pela foz do rio Amazonas pelo qual viajaria descobrindo as novidades da região até então não descrita por homem algum.
O primeiro europeu que teria contato com a primitiva região de Coari, no contexto do Solimões, foi o capitão espanhol Francisco de Orellana. Em 1541, ele partiu de Quito, nos Andes, em busca do "País da Canela", e navegou até o Atlântico pelo rio Amazonas. Foi Orellana quem batizou o Rio Amazonas com este nome, pois ele teria visto as lendárias guerreiras amazonas durante a expedição.
A bordo da expedição Orellana estava o Frei Carvajal, que cumpriu um papel muito importante para a história da região como cronista da viagem, uma vez que tendo o cuidado de registrar de forma escrita o que observava durante a expedição se tornou o primeiro homem a descrever aspectos da Região Amazônica, claro que sob o seu ponto de vista religioso e até mesmo fantasioso, no entanto seus escritos cumprem também o papel de registro histórico.
Os fatos registrados por Carvajal são de alta relevância, uma vez que permitem conhecer aspectos da história de Coari que ficariam legadas a ignorância total, caso o espírito arguto do religioso não o tivesse guiado a registrar o que os seus olhos viam como novo no meio da mata e as margens dos rios. Esta viagem de Orellana registrada por Carvajal serve para mapearmos etnograficamente a região. O explorador deu nome a várias regiões onde os povos primitivos viviam. Estes povoamentos, verdadeiros agrupamentos de pessoas nativas, eram comunidades que se espalhavam ao longo do Rio Amazonas.
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